TRANCOSO – valoriza cultura afrodescendente

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No dia 15 de novembro, em pleno feriado, Trancoso parou para assistir à culminância do projeto Africart, da Escola Municipal Honorina Passos. Durante todo o ano, os alunos realizaram estudos em sala de aula e durante o evento além das manifestações culturais – com apresentações teatrais e a elaboração de telas, versando acerca de personalidades negras – foram realizadas oficinas contemplando discussões literárias baseadas nas culturas africanas, afro-brasileiras e dos povos indígenas.

“A edição desse ano foi mais que especial, uma vez que o projeto completou uma década de existência, transformando em sua plenitude as relações interpessoais no campo das diferenças, por meio do resgate da cultura africana, afro-brasileira e indígena, além de evidenciar a cultura local”, firma a secretária de Educação, Janis Souza. Segundo os organizadores, cada vez mais, o evento vem ganhando importância, tanto do ponto de vista do combate ao racismo no contexto escolar, quanto extraclasse, com o apoio e envolvimento da comunidade de Trancoso.

Na verdade, as discussões envolvendo as relações étnico-raciais não são concentradas apenas em novembro, mas ao longo de todo o ano letivo. A coordenação do evento ressalta o envolvimento da professora Mayla Brasileiro, mentora e coordenadora do projeto Africart, tão relevante para a comunidade escolar do Honorina Passos.

“Perceber em cada aluno a alegria e o respeito pelas diferenças não tem preço, além de ver tantos alunos negros externando sua identidade, sua negritude com tanto orgulho. Além disso, os alunos não negros se empenham ao máximo, participando do projeto e respeitando as diferenças”, ressalta a coordenação do evento.

Um dos frutos desse movimento é a classificação da ex-aluna Franciele, que participou de algumas edições do Desfile da Beleza Negra e conquistou o primeiro lugar no concurso Miss Brasil Top Universo. Ela destacou a importância da professora Mayla e do projeto em sua vida. “Quando era mais nova eu não aceitava a beleza da minha cor e do meu cabelo, mas a professora Mayla começou a me incentivar, me convidou para participar de concursos e eu comecei a me projetar na carreira como modelo”, salienta Franciele, que ganhou ampla projeção na imprensa local e redes sociais.

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