Mesmo com a demissão, ela será indenizada por sofrer abuso de poder da chefia. Conforme TRT, enfermeiras eram ameaçadas para trabalharem em turnos e horários exaustivos.
Uma técnica de enfermagem da Associação Obras Sociais Irmã Dulce, em Salvador, foi demitida por justa causa, após reclamar da escala de trabalho e dizer que a pessoa que fez estava “drogada” e “maconhada”. O caso foi divulgado pelo Tribunal Regional do Trabalho da Bahia nesta quarta-feira (13).
Mesmo demitida, a mulher, que não teve identidade revelada, deve receber indenização de R$ 2 mil. Durante o processo, ficou comprovado que houve excesso de poder da chefia do hospital, que exercia pressão psicológica e ameaçava colocar as funcionárias em turnos e horários cujo serviço fosse mais exaustivo, segundo o TRT.
O TRT explicou ainda que a justa causa se deu porque a trabalhadora teria ofendido sua superior, o que viola uma resolução contratual. A enfermeira chefe, responsável por fazer a escala, denunciou o caso ao Conselho Regional de Enfermagem da Bahia.
A técnica de enfermagem admitiu ter dito que a chefe estava drogada e maconhada, porque estava indignada com a escala, que seria abusiva.
Conforme o TRT, os desembargadores entenderam que houve excesso por parte da técnica de enfermagem, pois ela adotou conduta inaceitável no ambiente profissional ao demonstrar sua indignação.
No entanto, ela foi indenizada por danos morais porque também houve provas convincentes de que ela foi exposta a situações constrangedoras por parte da chefia, tratada com agressividade e desrespeito pela enfermeira chefe, além das ameaças e pressão psicológica.
O valor estipulado para a indenização era de R$ 10 mil, no entanto, após analisar as condições do hospital, a indenização foi fixada R$ 2 mil. O caso ainda cabe recurso, conforme o TRT.
Fonte: G1