Porto Seguro – PRIMEIRA GRANDE OBRA DA ATUAL ADMINISTRAÇÃO É REATIVAR O ANTIGO LIXÃO. Pode Doutor?

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Finalmente, após quase dois meses  sem fazer praticamente nada,  a não ser  varrer ruas, rescindir contratos de serviços essenciais, editar decretos forjados de calamidade administrativa e pública,  trazendo insegurança jurídica a quem realmente trabalha,  ao que tudo leva a crer a nova administração mostra a que veio, sobretudo no quesito grandes e memoráveis feitos.

 

Seria realmente cômico se não fosse trágico.

Isso porque, contrariando frontalmente recomendação expressa do Ministério Público, a  legislação ambiental vigente,  a Política Nacional de Resíduos Sólidos e a Lei 12.305/2010, que estabelece  a erradicação dos lixões no País,  o novo governo decidiu, bem ao seu estilo,  romper um contrato  com a empresa Naturalle, que é a Central de Tratamento e Valorização de Resíduos, uma moderna  obra de engenharia,  localizada em Santa Cruz Cabrália, empresa esta devidamente licenciada pelo INEMA, determinando, em contrapartida,  a reativação do antigo lixão.

Absolutamente sem noção 

Trata-se, sem dúvida alguma, pelo menos  na opinião de 100 em cada 100 ambientalistas,  e de qualquer pessoa de razoável bom senso, de uma decisão absolutamente insana, temerária, irresponsável e  que, além de causar significativo dano ao lençol freático da área próxima ao antigo lixão, também carrega consigo um crime ambiental gravíssimo, ao permitir que o chorume derivado da coleta e mau acondicionamento do lixo seja despejado diretamente no leito  do rio Buranhém, trazendo prejuízos irreversíveis ao ecossistema, à fauna e à flora.

 

Isso sem falar na questão da saúde pública!

 

Pregando uma coisa  e fazendo outra

 

Mas o mais contraditório e inexplicável de tudo é a posição do prefeito Jânio Natal, vez que, enquanto deputado estadual e na oposição, foi quem mais cobrou que a Prefeitura participasse de um consórcio de municípios para a adequada destinação do lixo, todavia, após ser eleito, volta ao antigo sistema do lixão.

 O próprio Ministério Público Estadual recomendou, expressamente, que o Município de Porto Seguro parasse de destinar sua coleta de lixo no antigo lixão, localizado à beira do rio Buranhém.

 

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