pequenas e médias empresas para venderem no exterior.
“O Projeto Setorial visa ampliar a base exportadora e consolidar o reconhecimento da Cachaça como um destilado brasileiro de qualidade e competitivo internacionalmente. E o PEIEX Agro Cachaça visa qualificar as empresas para que comecem a exportar, adequando o seu produto, sua embalagem, e entendendo as diferentes demandas de cada mercado. Então, é uma integração entre diferentes serviços da Agência, desenvolvidas em parceria com o setor, que formam um elo completo da cadeia, desde a capacitação até o início da exportação”, explica a Gerente do Agronegócio da ApexBrasil, Paula Soares.
Desde 2012 o “Cachaça: Taste the New, Taste Brasil” atua para a promoção das exportações do setor, gerando reconhecimento, competitividade e apresentando a versatilidade do produto pelo mundo. O Projeto se dá por meio de um convênio entre as duas entidades, que é renovado a cada dois anos. O atual está vigente desde 2020 e foi prorrogado até março de 2023. No ano passado, das 67 empresas apoiadas pelo Projeto, 29 exportaram o montante de US$ 12,08 milhões[1]. Os principais destinos foram Estados Unidos, Alemanha, Portugal, França e Espanha.
Para fomentar ainda mais o acesso do produto a mercados internacionais, em especial das micro e pequenas empresas, a ApexBrasil e o IBRAC lançaram em 2022 um estudo sobre as exigências regulatórias da Alemanha, dos Estados Unidos, da França e do Paraguai sobre sua importação. O material pode ser acessado aqui.
O potencial do produto
Genuinamente brasileira, a história da Cachaça está relacionada à história do país. A bebida nasceu no Brasil, no século XVI e tem grande importância cultural, social e econômica para o país. Hoje, segundo o Anuário da Cachaça de 2021, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) existem 936 estabelecimentos produtores da bebida devidamente registrados, com 4.969 produtos.
A Cachaça Sagrada, um pequeno produtor de Bom Jesus do Amparo (MG), surgiu em 2016 e foi registrada em 2017. Desde então, além dos mineiros, conquistou consumidores de todo o Sudeste e de estados do Centro-Oeste e do Sul do Brasil. Em 2022, ela cruzou fronteiras e conquistou a Coréia do Sul. A bebida chamada Lótus, que é à base de cachaça e popularmente conhecida como bananinha, conquistou os sul-coreanos.
Foi também no ano passado que a empresa se associou ao IBRAC e começou a fazer parte do Projeto “Cachaça: Taste the New, Taste Brasil”. Em setembro, participaram de rodadas de negócio com possíveis compradores da França e de Portugal realizadas no âmbito do Projeto Setorial e com o apoio das Embaixadas do Brasil nesses países. Segundo o gerente comercial da Cachaça Sagrada, Lucas Pereira, as negociações seguem em andamento e a empresa está otimista. “Graças ao IBRAC e ao Projeto da ApexBrasil estamos aprendendo muito sobre o mercado externo e sobre o potencial do nosso produto. Em 2023, nosso foco será ampliar e exportar mais, conquistar a Europa e outros países asiáticos”, afirma.
Sobre a ApexBrasil
A ApexBrasil atua para promover os produtos e serviços brasileiros no exterior e atrair investimentos estrangeiros para setores estratégicos, apoiando atualmente cerca de 15 mil empresas em 80 setores da economia brasileira. Também já atendeu mais de 1,3 mil investidores e mais de 118 projetos no valor de US$ 23 bilhões em investimentos anunciados no Brasil.
Sobre o IBRAC
O Instituto Brasileiro da Cachaça (IBRAC) é a entidade representativa do segmento produtivo da Cachaça. Com abrangência nacional possui entre os seus associados as principais empresas (micro, pequenas, médias e grandes) do segmento produtivo da Cachaça de vários estados brasileiros, que correspondem a mais de 80% do volume da bebida comercializado formalmente no Brasil. Entre suas atuações estão a realização de ações de defesa de interesses do setor produtivo no Brasil e no exterior, ações relacionadas ao consumo responsável de bebidas alcoólicas, o desenvolvimento econômico e sustentável do setor, o combate ao mercado ilegal de bebidas e à concorrência desleal, além da promoção, proteção e defesa da denominação “Cachaça” e da sua Indicação Geográfica, em âmbito nacional e internacional.