A onda da mudança impulsionou uma renovação de 80% da Câmara de Vereadores, a maior das últimas décadas desde a criação do município em 1988.
O novo ambiente foi recebido com otimismo, mas a pandemia, a falta de empregos e a ganância por manter os empregos dos cabos eleitorais que apoiaram os nobres vereadores, escancarou a incompatibilidade entre teoria e prática em bem pouco tempo entre os vereadores novatos.
Apesar do discurso contra a velha política, o toma lá dá cá e outros clichês, parlamentares em primeiro mandato têm mostrado apetite por cargos e jeitinhos que criticavam na campanha eleitoral.
E, embora também tenha emplacado na campanha um discurso de que iria acabar com as indicações políticas para cargos públicos, a nova prefeita já tratou de indicar um negociar, talvez para não sujar as mãos, com uma planilha de cargos de segundo e terceiro escalões distribuída entre os novatos em busca de sustentação política.
O “banco de talentos” instalado na secretária de governo, de acordo com imagens postadas nos sites, mostra que o governo está disposto a atender o pleito dos novatos em troca da aprovação da reforma administrativa.
Os novatos chegam com vícios e apetite voraz e está incomodando aos dapezistas raiz e aos cordelistas que a 20 anos aguardam a fartura de cargos e agora estão em choque, tendo que disputar a tapa com os roberistas, o espaço no novo governo, diante da escassez de cargos.
É tempo de murici. Cada um cuide de si.