IDOSO PERVERTIDO: Mulher denuncia idoso por homofobia e importunação sexual dentro de supermercado

Nelly de Oliveira Alves, de 30 anos, contou que percebeu que o idoso, identificado como Genivaldo Quirino dos Santos, que também fazia compras no local, fez um gesto obsceno com a língua e depois olhou fixamente para as partes íntimas dela.

“Ao me ver ele fez um gesto obsceno com a boca e fixou o olhar para as minhas partes íntimas. Ao perceber que eu estava olhando, ele não se intimidou e continuou me encarando”, contou Nelly.

“Nesse momento eu saí, a minha esposa me perguntou o motivo e eu disse para ela que não tinha sido nada. Ela não tinha percebido na hora, estava olhando para outra seção e quando eu percebi, ele estava andando atrás de mim”.

A chefe de cozinha conta que o idoso começou a xingá-la após ela fazer questionamentos sobre a atitude dele. Segundo ela, o homem fez xingamentos e tentou ofender a vítima ao chamá-la de “sapatona”. O momento foi gravado pela vítima e divulgado nas redes sociais.

Após discutir com o suspeito, Nelly contou que procurou o gerente do supermercado Atakarejo, e ele teria pedido para que ela não brigasse com o idoso e dito que não poderia resolver a situação.

“O gerente conversou comigo, pediu para eu parasse [de brigar com o idoso]. Ele disse assim: ‘Eu percebo que você tem uma visão melhor do que ele diante dos fatos, então eu peço que a senhora se acalme e que não deixe isso crescer, isso aumentar, até porque estamos dentro de um mercado e os clientes estão observando'”, contou a chefe de cozinha.

“Ele disse que não tinha o que fazer, que infelizmente ele não podia fazer nada por mim, nada pela gente. Foi aí que a minha companheira chegou para ele e falou que se ele, como gerente, não poderia fazer, então ela ia procurar os direitos”, continuou.

A chefa de cozinha, então, chamou policiais, que levaram o suspeito e o casal para a Central de Flagrantes, onde um boletim de ocorrência foi registrado.

Genivaldo Quirino dos Santos deve responder por injúria. O ato acontece quando a pessoa usa elementos referentes à raça, religião ou orientação sexual para insultar alguém. A pena pode durar entre 1 e 3 anos de prisão, além do pagamento de multa.

Em nota, o supermercado Atakarejo informou que se ofereceu para prestar ajuda e disse que a rede não aceita discriminação social e racismo. Genivaldo Quirino também foi procurado, mas não atendeu as ligações.

A esposa de Nelly, que preferiu não revelar a identidade, revelou que o casal recebeu ameaças após divulgar o vídeo nas redes sociais.

“Algumas pessoas ainda querendo te ameaçar por rede social e tudo. Então, a gente teve um crime de importunação sexual dele dentro do mercado. O crime de homofobia. E agora, também, o digital de algumas outras pessoas que estão querendo ameaçar a gente”, lamentou a esposa de Nelly.

“Mas não vão me inibir e fazer desistir não. Vou até o final. Até porque, o desgaste até aqui já foi tamanho, né? E todas as medidas legais vão ser tomadas”.

Fonte: G1