As autoridades iranianas garantiram esta segunda-feira que desmantelaram uma rede de espionagem norte-americana no país e que condenaram à morte 17 elementos dessa organização.
A notícia está a ser avançada pela agência Farsque cita fontes oficiais do Ministério da Segurança. O canal leu um comunicado do ministro da Informação iraniano, Mahmoud Alavi, que adianta que os alegados espiões estavam “empregados no setor privado em áreas sensíveis e vitais da economia, do desenvolvimento nuclear, infraestrutural, militar e da cibersegurança nas quais reuniram informação confidencial”.
Os suspeitos foram detidos ao longo dos últimos meses e um elemento do Ministério da Informação realçou numa conferência de imprensa que estes alegados espiões da CIA não foram bem sucedidos nas suas missões de sabotagem.
No mês passado, o Irão afirmou que expôs uma grande rede de ciberespionagem que alegadamente era dirigida pela CIA. Não se sabe, no entanto, se estas detenções estão relacionadas com essa rede exposta em junho.
Esta decisão é o mais recente desenvolvimento da tensão que existe entre o Irão e os EUA. No sábado, as autoridades iranianas divulgaram um vídeo em que negavam que os EUA tivessem destruído um drone iraniano em resposta à alegação do presidente Donald Trump que tinha anunciado a destruição desse equipamento.
Nas imagens divulgadas, e que terão sido obtidas na quinta-feira passada, pode ver-se o navio norte-americano USS Boxer e uma outra embarcação de guerra dos EUA no Estreito de Ormuz.
O Irão abateu recentemente um drone norte-americano que dizia estar a sobrevoar o país, com Donald Trump a afirmar que cancelou, no último momento, um ataque aéreo de retaliação que foi planeado na altura.
As tensões na região do Golfo intensificaram-se desde que os EUA se retiraram, em maio de 2018, do acordo nuclear assinado entre o Irão e as grandes potências em 2015 e repuseram também sanções sobre as exportações de petróleo de Teerão, exacerbando uma crise económica que fez afundar a moeda.
Recentemente, o presidente do Irão, Hassan Rouhani, disse que o país está pronto para negociar com os EUA se Washington levantar as sanções económicas.