Alunos e docentes dizem que falta de docentes está inviabilizando cursos da unidade de ensino de Feira de Santana, a 100 km de Salvador.
Estudantes e professores da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), a 100 km de Salvador, reclamam de uma decisão da Procuradoria-Geral do Estado (PGE) de suspender, temporariamente, a nomeação dos aprovados no último concurso realizado pela instituição de ensino.
Alunos e docentes dizem que a falta de professores está inviabilizando o andamento dos cursos. Segundo a Associação dos Docentez da Universidade (ADUFS), atualmente, 180 disciplinas estão paradas por falta de docentes.
A PGE justifica que a não nomeação dos aprovados é para não aumentar as despesas de pessoal nos 180 dias que antecedem o final do mandato do governador Rui Costa. A medida, sustenta o órgão, está amparada na Lei de Responsabilidade Fiscal.
“Hoje, a gente tem colegas que não conseguem sair para a licença-prêmio, por exemplo, porque não tem quem substitua. Também há dificuldade de afastamento para capacitação, porque estamos vivenciando um decreto de contingenciamento que não permite a substituição do professor”, afirma Priscila Araújo, diretora da Adufs.
Na manhã desta quarta-feira (18), professores, estudantes e funcionários realizaram uma manifestação no centro da cidade.
Somente no curso de psicologia, segundo os alunos, são 35 disciplinas paradas por falta de professores. O necessário seriam 25 docentes, mas os estudantes dizem que contam apenas com 16. Desde a última segunda-feira (16) os estudantes do curso estão em greve.
“Isso atrasa a vida de todo mundo. Inclusive, posso dizer que a greve não é uma opção, no sentido de que, se a gente nao entrasse em greve, a gente não teria muito o que fazer”, afirma a estudante Midiã Souza.
A assessoria de comunicação da Uefs informou que a Procuradoria-Geral do Estado ficou de consultar o Trubunal de Contas sobre a possibilidade de nomear ou não os aprovados no concurso, mas que ainda não há uma definição sobre o assunto.
Fonte: G1