Categoria afirmou que a paralisação continua por tempo indeterminado; professores vão se reunir em nova assembleia para decidir os rumos do movimento na próxima segunda-feira (16).
A Prefeitura de Salvador anunciou, nesta quinta-feira (12), que vai cortar o ponto, já na folha de pagamento de julho, dos professores da rede municipal que aderiram à greve, deflagrada na manhã de quarta-feira (11). De acordo com a diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB), Elza Melo, a categoria continuará com as atividades suspensas.
“Vamos continuar o movimento e, quando retomarmos as atividades, vamos repôr as aulas e cumprir com os 200 dias letivos previstos por lei. Temos responsabilidade com nosso alunos”, afirmou.
Em nota, a gestão municipal informou que já apresentou, por meio da Secretaria Municipal de Gestão (Semge), uma proposta de reajuste de 2,5%. Os professores, no entanto, pleteiam um aumento de 12,41%, além do acréscimo de 10% no auxílio-alimentação, progressão de carreira e eleição do diretor escolar.
O impasse nas negociações, segundo a representante do sindicato, está no fato de a proposta da prefeitura não contemplar professores aposentados e os que atuam em Regime Especial de Direito Administrativo (Reda). “Não podemos aceitar uma proposta que não contemple a categoria como um todo”, disse.
Adesão
De acordo com a prefeitura, nesta quinta-feira, segundo dia de greve, 86% das escolas da rede municipal funcionaram normalmente ou de forma parcial, conforme levantamento feito pela Secretaria Municipal de Educação (Smed). A orientação Smed é que as atividades sejam mantidas nas instituições de ensino.
A reportagem fez um giro pelas escolas públicas e a maior parte delas estava funcionando normalmente. Das cinco unidades de ensino visitadas, uma estava fechada. As escolas municipais visitadas na manhã desta quinta-feira que tiveram atividades normais foram: Terezinha Vaz (Barbalho), Vila Vicentina (Lapinha), Barão de Rio Branco (Pero Vaz) e Nossa Senhora dos Anjos (Brotas).
Na escola Terezinha Vaz, inclusive, há um comunicado na porta que informa que os professores da unidade de ensino não vai aderir à greve. Já na Escola Municipal Pirajá da Silva, no bairro da Liberdade, as aulas foram suspensas.
O filho da dona de casa Josiane Almeida estuda na escola Nossa Senhora dos Anjos e relatou à mãe que não teve qualquer alteração nas atividades nesta quinta-feira. “Desde ontem que a gente ouve falar da greve, mas aqui disseram [professores] para gente que não iam aderir e ele [o filho] me disse que os coleguinhas foram para aula, que foi tudo normal e os professores estavam aí”, concluiu.
Assembleia
Os professores voltam a se reunir em assembleia na próxima terça-feira (17). O encontro, que será realizado no ginásio de esportes do Sindicato dos Bancários, nos Aflitos, vai decidir os rumos do movimento. Antes disso, na segunda-feira, a categoria participa do movimento dos servidores municipais de Salvador, que acontece às 7h, na Rótula do Abacaxi. Neste dia, os funcionários da prefeitura pretendem sair em caminhada pela avenida Tancredo Neves, pela manhã.
Fonte: G1