Julgamento começou na segunda-feira (14) e foi encerrado nesta quarta (16) em Eunápolis, no sul do estado, onde o crime ocorreu, em 1997.
Mais de 20 anos após a morte do radialista Ronaldo Santana, assassinado a tiros no município de Eunápolis, no extremo sul da Bahia, quatro pessoas suspeitas de serem mentoras do crime foram absolvidas por júri popular. O julgamento começou na segunda-feira (14) e foi encerrado na tarde desta quarta (16), no Fórum Albiani.
Os quatro réus absolvidos são o ex-prefeito de Eunápolis, Paulo Dapé, o atual vereador Valdemir Batista Oliveira, o bancário Antônio Oliveira Santos e a ialorixá Maria Sindoiá.
O Conselho de Sentença julgou que todos são inocentes acolhendo a tese da defesa, de falta de provas. Com o resultado do júri, o Ministerio Público da Bahia (MP-BA) tem prazo de cinco dias para entrar com recurso de apelação.
Os quatro réus foram denunciados pelo o autor dos disparos, o ex-policial militar Paulo Sérgio Lima, que já cumpriu pena pelo assassinato. Na época, Paulo Dapé era prefeito de Eunápolis e os outros três eram funcionários comissionados da prefeitura.
A defesa dos reús alegou que o ex-policial mentiu nos depoimentos e que não há provas que sustentassem a acusação dele.
A partir da denúncia do atirador, no entanto, todos os citados foram acusados pelo MP-BA de envolvimento na morte do radialista, que apresentava na época um programa que fazia críticas à gestão municipal.
O radialista Ronaldo Santana foi morto no dia 9 de outubro de 1997, quando passava perto da Feira do Bueiro, indo para o trabalho. Ele estava com o filho, que era menor de idade, quando dois homens em uma moto se aproximaram e efetuaram os disparos.