Mãe de Joaquim e Kauã, a pastora Juliana Salles pediu escolta da polícia para ir aos enterros. Crianças morreram no dia 21 de abril depois que o quarto deles pegou fogo.
Os corpos dos irmãos Joaquim e Kauã, que foram carbonizados em um incêndio no quarto deles, em Linhares, devem ser enterrados sem velório. A informação é de uma das advogadas da mãe das crianças, a pastora Juliana Salles, e do pastor George Alves – pai de Joaquim e padrasto de Kauã – que está preso e não vai ao enterro.
O incêndio que matou Joaquim e Kauã aconteceu na madrugada do dia 21 de abril, na casa da família. George Alves era o único que estava na casa no momento do incêndio e disse ter tentado salvar as crianças.
Os corpos das crianças ainda não saíram do Departamento Médico Legal (DML) de Vitória para seguir a Linhares, no Norte do Espírito Santo. Nesta manhã, houve autorização judicial para que os corpos sejam levado para Linhares e um carro da funerária já foi fazer o traslado. Ainda não há definição sobre o dia, local e horário dos enterros.
A advogada também informou que Juliana vai pedir escolta para ir ao enterro das crianças. Nesta tarde, a advogada do pastor, que havia dito ele não pediria autorização da Justiça para sair da prisão e ir ao enterro de Joaquim e Kauã, informou para a reportagem da CBN Vitória que George quer comparecer ao enterro do filho e do enteado.
Habeas Corpus negado
A Defesa do pastor entrou com o pedido de Habeas Corpus no Tribunal de Justiça. A decisão saiu na sexta-feira (4) à noite. O HC foi analisado pelo Desembargador Substituto Júlio César Costa de Oliveira, que negou o pedido de liberdade em favor do pastor.
Prisão do pastor
O pastor Georgeval Alves Gonçalves, de 36 anos, foi preso em um hotel no dia 28 de abril.
Um mandado de prisão temporária, de 30 dias, foi expedido pelo juiz Grécio Grégio contra ele por volta das 2h da madrugada. Autoridades informaram que George atrapalhava a investigação sobre o caso.
Depois de ser detido, o pastor passou por exames no Serviço Médico Legal e deu entrada na Penitenciária Regional de Linhares. Em seguida, ele foi transferido para o Centro de Detenção Provisória de Viana.
Por telefone, a mãe das crianças, Juliana Salles, disse que estava muito abalada com a notícia, mas que esperava pela prisão do marido por conta da linha de investigação da polícia. Ainda assim, ela afirmou que não desconfia de George.
O incêndio
O incêndio aconteceu no dia 21 de abril na casa da família. O pastor George Alves, pai de Joaquim e padastro de Kauã, foi preso no dia 28 de abril porque estaria atrapalhando a investigação, segundo a polícia, e cumpre prisão temporária no Centro de Detenção Provisória de Viana II.
George era o único que estava na casa no momento do incêndio e disse ter tentado salvar as crianças. A mãe das crianças, Juliana Salles, estava em um congresso com o filho menor do casal.
Várias perícias já foram feitas no local do incêndio. Em uma delas, os peritos usaram luminol, substância utilizada para identificar a presença de sangue. Além disso, o pastor, a esposa e outras testemunhas prestaram depoimento à polícia.