Segundo a Polícia Civil, na época, menino estava com 9 anos e tinha ido à casa do servidor para brincar com o filho dele. Homem nega os abusos.
Um guarda civil metropolitano foi preso suspeito de estuprar um menino de 9 anos, no Jardim Olímpico, em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital. Segundo a Polícia Civil, os abusos ocorreram quando a criança, que na época era vizinha do servidor, foi à casa do agente para brincar com o filho dele. O suspeito nega o crime.
“O autor se aproveitava que o menino estava na casa, pedia para ele ir a um quarto e cometia os atos libidinosos. Segundo a vítima, os atos não ocorriam na presença do filho do guarda”, disse a delegada que investiga o caso, Caroline Braga.
De acordo com a Polícia Civil, os abusos ocorreram em três ocasiões, em novembro de 2016. No entanto, o caso só foi registrado na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) em março deste ano, pois os pais tinham medo do autor.
“A vítima não quis ir na casa do vizinho mais, a mãe estranhou, o questionou, e ele veio a relatar, aí foram conversar com o autor, que os intimidou. Eles mudaram de cidade. Os professores da nova escola chamaram os pais porque ele ficava chorando, e os pais decidiram denunciar o guarda”, explicou.
Por conta do abuso contra o garoto, que atualmente tem 11 anos, Caroline pediu a prisão preventiva do guarda, que se mudou para Goiânia. O mandado foi cumprido na última sexta-feira (4).
O servidor confirmou, em depoimento à polícia, que o garoto brincava com o filho dele, mas negou os abusos. Ele está detido no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia e deve ser denunciado por estupro de vulnerável, que prevê pena de 8 a 15 anos de prisão.
Outros estupros
De acordo com a delegada, entre as testemunhas que prestaram depoimento no inquérito estão mães de outras crianças que eram vizinhas do guarda. As mulheres, que são irmãs, disseram que os filhos foram abusados pelo homem em 2006. Na época, o casal de primos tinha menos de 6 anos.
“Elas chegaram a ir à delegacia, fizeram exame no IML [ Instituto Médico Legal], mas não deram continuidade porque ele [suspeito] sempre intimidou todo mundo no bairro, aí ficavam temerosos”, contou a delegada.
A mãe do menino contou para Caroline que o abuso aconteceu na casa de um parente do guarda. Segundo a mulher, o servidor chamou o garoto para ir ao local com a alegação de que pegaria uma linha de pipa. Já o abuso da menina, segundo o relato da mãe dela à polícia, ocorreu quando ela brincava com um filho do guarda, na casa dele.
Caroline afirmou que abrirá dois inquéritos para investigar as novas denúncias.
Guarda Civil Metropolitana
A Guarda Civil Metropolitana informou, em nota, que “já vinha acompanhando o caso através de sua Corregedoria e sempre colaborou com todas as informações quando solicitada, tendo, inclusive, feito a apresentação de forma espontânea do agente à autoridade policial”.
De acordo com o porta-voz da corporação, Valdison Batista, na época dos supostos crimes ocorridos em 2006, o agente ainda não havia tomado posse. A corporação reforçou que “vai esperar a conclusão dos autos para tomar as providências cabíveis que o caso requer”.
Fonte: G1