ANEF anuncia resultados do primeiro trimestre de 2025

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  • O saldo total das carteiras de veículo atinge R$ 494,4 bilhões, crescimento de 14,7% em relação aos três primeiros meses de 2024
  • O total de recursos liberados no trimestre é de R$ 57,7 bilhões, uma redução de -4,3%, em comparação aos mesmos meses de 2024, quando o resultado atingiu R$ 60,3 bilhões
  • A inadimplência se manteve praticamente estável, em cerca de 5,6%. Variou dois pontos percentuais para cima 

A ANEF (Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras) divulga o primeiro Boletim de 2025, referente aos três primeiros meses do ano, com dados do Banco Central. De acordo com o levantamento, o saldo total das carteiras de veículos financiados alcançou R$ 494,4 bilhões, no primeiro trimestre de 2025, o que significa um crescimento de 14,7%, em relação ao mesmo período de 2024, quando o saldo chegou a R$ 431,6.

Por outro lado, o total de recursos liberados apresentou uma leve retração de 4,3%, somando R$ 57,7 bilhões nos três primeiros meses de 2025, contra R$ 60,3 bilhões no mesmo intervalo do ano passado. O Crédito Direto ao Consumidor (CDC), modalidade com maior representatividade, também acompanhou essa queda, foram R$ 57,1 bilhões em 2025, contra R$ 60,1 bilhões em 2024, redução de 4,9%.

Para Enilson Sales, novo presidente da entidade, que assumiu o mandato de três anos, no início do mês de maio, os juros altos impactam diretamente o setor de crédito automotivo. “Embora a carteira de financiamento tenha aumentado, o valor médio por operação sofreu redução, impactando no total de recursos liberados. Isso reflete um comportamento mais cauteloso do consumidor, que está cada vez mais sensível ao custo do crédito. Em vez de comprometer uma parcela maior da renda com prestações longas e pesadas, ele opta por financiamentos menores, veículos mais acessíveis”, diz Sales.

Na última quarta-feira, 07/05, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central elevou a taxa básica de juros para 14,75% ao ano. De acordo com Sales, com os juros altos, o consumidor se retrai. “Com os juros altos, o consumidor se retrai. Ele prefere comprar um veículo de menor valor ou fazer outros tipos de investimentos. Esse cenário exige que o setor busque alternativas para manter a atratividade do financiamento”.

Para os próximos meses, Sales avalia que o mercado não deve ter grande oscilação. No início do ano, a ANEF projetou para 2025 um aumento de 8,5% no total de recursos liberados, alcançando R$ 297 bilhões. “Ainda é cedo para se falar em reavaliação. Vamos manter o que está projetado”, avisa o presidente da entidade.

Formas de escoamento das vendas

O consórcio foi destaque em todas as modalidades no primeiro trimestre de 2025. Para caminhões e ônibus, apresentou um aumento considerável. Cresceu três pontos percentuais, indo de 4% para 7%, reduzindo as vendas à vista, que tiveram um decréscimo, saindo de 25% para 22%.  Já as vendas financiadas permaneceram no mesmo patamar, 40%.
              
Em se tratando de motos, o consórcio seguiu a mesma toada. Apresentou crescimento de três pontos percentuais, aumentando de 32% para 35%, comparando-se o primeiro trimestre de 2025 com o de 2024. As vendas à vista também aumentaram três pontos percentuais, saindo de 31% para 34%. No entanto, as vendas financiadas caíram de 37% para 31%, representando uma redução de seis pontos percentuais.

No caso de veículos leves, o Consórcio também aumentou sua participação, porém mais timidamente, de 4% para 5%, um ponto percentual. Já as vendas financiadas caíram de 46% contra 45%, em relação aos mesmos meses de 2024. As vendas à vista permaneceram em 50%.

Sobre a ANEF

Fundada em 1993, a ANEF representa as suas marcas associadas nos órgãos do governo, em entidades de classe e associações congêneres, divulga, esclarece e presta informações, tanto à imprensa quanto aos consumidores em geral, sobre as modalidades de financiamentos – CDC (Crédito Direto ao Consumidor), Finame, Leasing e Consórcio –, nos segmentos de automóveis, ônibus, caminhões e motocicletas. A entidade representa, hoje, seis marcas e suas respectivas estruturas de serviços financeiros, incluindo bancos, empresas de arrendamento mercantil e administradoras de consórcios vinculados à indústria automotiva.

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