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O ex-prefeito de Porto Seguro Gilberto Abade denunciou em entrevista a este Política Livre na manhã desta quinta-feira (16) estar sendo vítima de “perseguição política” por parte do atual prefeito da cidade, Jânio Natal (PL).
Isso porque a Prefeitura do município localizado no sul da Bahia decretou a desapropriação de uma área que é de propriedade da família de Abade.
No local, sem nenhum projeto prévio, avaliação de viabilidade técnica ou impacto social, nem discussão com a comunidade, a atual gestão alega que pretende construir uma escola.
O ex-prefeito, no entanto, conseguiu uma liminar na Justiça que suspende a medida da Prefeitura sobre o terreno, localizado numa das áreas mais valorizadas do município, que pertence há décadas aos Abade.
A liminar foi concedida pela juíza Nemora de Lima Janssen. Para Abade, a cidade “voltou à Idade Média, onde os desafetos do rei tinham todos os seus bens confiscados e suas famílias aprisionadas ou assassinadas”.
“A cidade está com medo. Pedimos socorro às autoridades”, contou à reportagem, acrescentando que, em Porto Seguro, não são poucos os empresários que vêm sendo oprimidos pelo prefeito.
Novos empreendimentos passaram a ser monitorados de forma pouco usual pela Prefeitura de uma maneira que a classe empresarial, assustada, nunca tinha visto no município.
“A cidade de Porto Seguro tem vivido um momento de terror; os moradores e em especial aqueles que votaram contra o então candidato Jânio Natal tem vivido momentos de angústia e terror”, acrescenta.
Segundo ele, a perseguição se estende também contra funcionários que não apoiaram a eleição de Jânio Natal, que são afastados dos cargos e ficam impedidos de trabalhar, enfrentando vários problemas.
“Já os empresários que votaram contra o Jânio Natal tiveram os seus alvarás suspensos por dois decretos consecutivos, os quais cancelavam todos os atos da administração anterior”, contou.
De acordo com ele, a gestão fez, posteriormente, um pente fino nas liberações: “os que eram do grupo do prefeito foram liberados, os contra amargam a perseguição implacável”.
“Se tiver patrimônio ou empreendimentos, aí vem a a grande tragédia; se o imóvel é valorizado, vem a desapropriação para causar o maior dano e, se possível, a total falência do adversário”, denunciou.
Este Política Livre tentou contato com a Prefeitura de Porto Seguro. Porém, até o momento da publicação desta matéria, não teve retorno. O espaço segue aberto para quaisquer esclarecimentos.