De acordo com a polícia, ele voltou a morar na mesma casa que mantinha a família trancada. Mulher e os três filhos foram mantidos em cárcere por sete meses. Caso aconteceu em outubro de 2020.
Homem suspeito de manter esposa e filhos trancados em casa foi preso em Salvador. — Foto: Reprodução / TV Bahia
O homem suspeito de manter a mulher e três filho em cárcere privado, no bairro do Calabar, em Salvador, foi preso na manhã desta segunda-feira (1º),mais de três meses após o caso. Identificado como Fábio Renato Santos Lopes, o homem foi localizado próximo ao local onde manteve a família trancada.
Em outubro de 2020, a polícia descobriu que uma mulher e os três filhos, de 7, 9 e 15 anos, estavam há sete meses trancados em uma casa. Além da violência psicológica, a vítima sofria violência física por parte do suspeito.
De acordo com a titular da Delegacia da Mulher de Brotas, delegada Bianca Andrade, Fábio tinha mandado de prisão preventiva. Com a repercussão do crime, ele ficou foragido por um tempo, mas retornou para a mesma casa onde o cárcere ocorreu.
Ele foi levado para a Deam de Brotas para ser ouvido. Segundo a delegada, durante o depoimento, ele não demonstrou remorso ou arrependimento pelo crime. O Homem foi preso após mandado de prisão preventiva contra ele.
Mulher e os três filhos de 7, 9 e 15 anos, estavam há sete meses trancados em uma casa. — Foto: Reprodução / TV Bahia
Vítimas resgatadas
Em outubro de 2020, policiais foram acionados para atender a uma ocorrência de invasão de propriedade de uma residência. De acordo com a denúncia, a família estava na casa invadida, na região do Calabar. Ao chegar no local, os policiais viram que a mulher e os três filhos viviam em cárcere privado. A casa não tinha acabamento e só possuía um cômodo, além do banheiro.
Segundo a capitã Aline Muniz, comandante da base Comunitária do Calabar, o casal foi morar na região em março de 2020. Desde então, a mulher não saía de casa. Os filhos do casal só podiam sair de casa para ir à escola, antes das aulas serem suspensas por causa da pandemia. A capitã Aline contou também que os vizinhos da família relataram que nunca tinham visto as crianças.
Após o resgate, a mulher foi encaminhada para a Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) do bairro de Brotas, e levada para um local de acolhimento. Em depoimento, ela disse que não denunciou o homem com medo de sofrer represálias.
Fonte: G1