Mulheres são maioria em busca de uma formação educacional no Brasil

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Encceja 2023 tem mais de 1 milhão de inscritos, 55% são mulheres com idade entre 31 a 59 anos

Mais um Encceja se aproxima e no próximo dia 27 de agosto mais de 1 milhão de inscritos poderão realizar o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja) 2023, em todo o território nacional. As provas serão para conclusão de ensino fundamental e médio, os dados foram divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). 

No número total de inscritos (1.104.146), 193.573 se inscreveram para realizar as provas conclusão do ensino fundamental, o que corresponde a (17,53%), já 910.574 inscritos buscam o certificado de conclusão do ensino médio, representando (82,47%). As mulheres são maioria com 55,53% das inscrições totalizando 613,097 contra 491.049 dos homens inscritos. 

Pessoas com idade igual ou maior que 60 anos representam 8.824 inscritos, dos quais 6.540 para certificação no ensino médio e 2.284 para o ensino fundamental. Segundo dados do IBGE, a taxa de analfabetismo entre as pessoas com 60 anos ou mais de idade era 16,0% até o final do segundo semestre de 2022. 

Tratando-se de analfabetismo no país, em 2022, 5,6% das pessoas com 15 anos ou mais de idade, equivalente a 9,6 milhões de pessoas, eram analfabetas no Brasil. Desse total, 55,3% (5,3 milhões de pessoas) viviam na Região Nordeste e 22,1% (2,1 milhões de pessoas), na Região Sudeste. Quando analisado por cor ou raça, o estudo revelou que 3,4% das pessoas com 15 anos ou mais de idade de cor branca eram analfabetas, enquanto entre as pessoas da mesma faixa etária de cor preta ou parda o percentual era de 7,4%. Entre mulheres e homens com 15 anos ou mais de idade, a taxa de analfabetismo era de 5,4% para as mulheres e 5,9% para os homens. 

Segundo Rodrigo Bouyer, avaliador do INEP e sócio da BrandÜ e da Somos Young, “o Encceja é uma grande oportunidade de resgate tardio de uma trajetória educacional interrompida muito cedo. Ao retomar os estudos, estes estudantes poderão seguir para a próxima etapa de educação e, com isso, rumar em direção à uma vida com mais oportunidades e dignidade”, explica. 

Domínio feminino no Ensino Superior

Nas provas do Enem 2022 as moças venceram os rapazes por 61,16% contra 38,84% entre os inscritos. Na disputa de vagas das universidades pelo SISU 2023, as mulheres novamente aparecem com ampla vantagem, marcando 62,1% dos candidatos, contra 37,9% de homens.

Nos ingressantes do Ensino Superior, elas foram 58,7% dos novos alunos matriculados, contra 37,3% de homens, de acordo com os dados do Censo MEC/INEP 2021. Entre os alunos que concluem os cursos e tiram o diploma, a vantagem feminina ainda aumenta mais um pouco, e chega a mais de 60% dos concluintes.

Os números do IBGE confirmam a tese: No ano 2000 houve um empate técnico entre a quantidade de homens e de mulheres com diploma na população adulta no país. Porém, em 2010, na população com 25 anos ou mais, 12,5% das mulheres tinham o diploma universitário, contra 9,9% dos homens.

Em 2019, as mulheres com diploma de curso superior ampliaram a vantagem, e saltaram para 19,4%, contra 15,4% dos homens, considerados os adultos com 25 anos ou mais.

“As mulheres já são maioria no ensino médio, profissional e superior. Enquanto maioria também no Encceja, as mulheres consolidam a sua posição rumo à completa e integral independência, autonomia e empoderamento”, finaliza o especialista.

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