O pastor presidente do campo da 1a Assembléia de Deus em Eunápolis tem usado a igreja escancaradamente para atender a seus propósitos políticos e pessoais. Depois do escândalo causado pelo noticiamento de que sua esposa, a pastora Agnete Cintra, está empregada na prefeitura de Lauro de Freitas, situada a mais de 500 km de Eunápolis e pertencente à região metropolitana de Salvador – governada pelo PT, e ganhando R$ 3.700,00. Os dois filhos do casal também têm cargos públicos, mas na prefeitura de Eunápolis.
Após essas revelações, o pastor está mostrando as unhas de novo, desta vez, contra o seu colega de ministério, o pastor Consagrado ha 15 anos, Renato Bromochenkel, 42 anos, que como vereador combativo da cidade, vem desagradando a prefeita Cordélia Torres e seu marido, Paulo Dapé, que supostamente teria exigido que o bolsonarista Antônio Cintra retirasse Bromochenkel da congregação proeminente do Bairro Dinah Borges com cerca de 250 membros e o colocasse na pequena congregação do bairro Estela Reis, com menos de 100 membros. Fechou, também, o curso de teologia no qual Renato dava aula há mais de 10 anos e retirou o mesmo do programa de rádio que apresentava há 15 anos – que, aliás, é “pago” pela igreja de eunápolis, e que continua no ar na rádio 104 fm, do também Cordelista Pastor Ronilton.
É notável que a intenção de Cintra é cauterizar Bromochenkel e mostrar para toda a igreja que: ou segue a ele ou sofrerá os castigos santos do “ungido de Deus”. Na verdade, o pastor Cintra mostra à igreja que quem manda no campo é a gestora Cordélia Torres, que goza de 86% de rejeição, segundo pesquisas de opinião feita, incluindo o seguimento evangélico também.
É sabido que o pastor vem enfrentando a insatisafção dos membros e dos obreiros, que não se sentem confortáveis com o fato de a igreja estar sendo usada como moeda de troca para abastar a família Cintra.
Apesar de campanha forte feita dentro da igreja, Cintra perdeu as eleições de presidente da República, governador, senador, deputado federal e só conseguiu transferir poucos votos para seu candidato a deputado estadual.