Representantes do município e do sindicado se encontraram nesta segunda (2). Categoria não aceitou aulas semipresenciais sem que todos os profissionais estivessem com imunização contra Covid-19 completa.
A prefeitura de Salvador e o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB-BA) definiram, após uma reunião nesta segunda-feira (2), o retorno dos professores às salas de aula das escolas municipais da capital baiana para o dia 23 de agosto. As atividades seguirão na modalidade semipresencial (online e presencial).
As aulas no formato semipresencial foram iniciadas em maio deste ano, mas a categoria foi a favor da continuidade de atividades apenas online, pois os profissionais da educação não estavam com a imunização contra Covid-19 completa. Diante disso, muitos professores não retornaram às atividades nas escolas. Não foi informado o número de profissionais da educação que não voltaram às salas nas instituições municipais.
Com a decisão conjunta desta segunda, ficou definido que entre os dias 9 e 20 de agosto os professores estarão nas escolas cumprindo as jornadas de trabalho e elaborando o planejamento pedagógico. Já as aulas, serão a partir do dia 23.
A reunião desta segunda-feira, aconteceu no Palácio Thomé de Souza e contou com as presenças do prefeito Bruno Reis e do secretário municipal da Educação (Smed), Marcelo Oliveira, além de representantes da própria APLB.
De acordo com a prefeitura, o esquema de imunização dos profissionais da educação teve início ainda em maio e foi concluído agora no final de julho, atendendo, portanto, à reivindicação da categoria e, por isso, a possibilidade de retorno.
Ainda segundo a prefeitura, a APLB considerou o acordo positivo, já que a negociação atendeu o pleito da categoria de retomada das aulas nas escolas. Vale destacar, que as atividades nas unidades de ensino seguem na modalidade semipresenciais.
De acordo com o titular da Smed, Marcelo Oliveira, praticamente todas as unidades da rede municipal de ensino estão aptas para receber os alunos neste período de pandemia. Das 432 escolas, apenas em nove delas foram constatadas dificuldades de adaptação das instalações físicas aos protocolos sanitários, principalmente no que se refere à ventilação das salas de aulas e também da garantia de afastamento social entre as crianças.
De acordo com Oliveira, a Smed estuda a transferência dos alunos dessas nove unidades de ensino para prédios que ofereçam as condições necessárias contra a Covid-19. O nome das unidades de ensino não foram divulgadas.
A APLB e o governo da Bahia seguem em um impasse sobre a volta das aulas semipresenciais. Na rede estadual, as aulas começaram em 26 de julho, mas os professores não voltaram às salas. Sobre a situação com o estado, ainda não há informações de quando será o retorno dos professores.