ITABUNA: Justiça mantém prisão de suspeito de perseguir e ameaçar jovem

Por causa das ameaças e perseguições, a Justiça concedeu uma medida protetiva para ela e a mãe, em abril deste ano. Apesar disso, a jovem parou de trabalhar e estudar, e diz que não se sentia segura para sair sozinha de casa.

Na segunda-feira (12), ao deixar a residência onde mora para encontrar com a mãe, Esther avistou o suspeito, Ubiratahn Santos, que se aproximou e começou a ameaçá-la. Ela acionou a Ronda Maria da Pena e o homem foi preso por descumprir a medida protetiva.

Com a manutenção da prisão, o homem será transferido para o Conjunto Penal da região, na quinta-feira (15).

Esther divulgou o caso em abril deste ano, e contou que o problema começou quando ela ainda tinha 15 anos. Os casos se intensificaram depois que ela casou com outro homem. A jovem conta que Ubiratahn Santos já a assediou de maneira bruta e reagiu ao receber uma negativa.

“Tudo iniciou em 2017. Eu tinha que passar pela ponte, voltar do trabalho, e ele pediu para ficar comigo. Puxou meu braço e eu mandei ele ‘se respeitar’. Eu tinha 15 anos na época”, relatou.

Quando Esther, que é negra, começou a se relacionar com o atual companheiro, que é branco, o suspeito passou a proferir injúrias, dizendo que ela era racista por não ter casado com um homem também de pele preta.

“Tudo se intensificou em 2019, quando eu comecei a namorar o meu atual esposo. Foi quando ele disse que eu era racista, por estar com uma pessoa branca e não com um negro. A partir daquele dia ele começou a me perseguir. Eu andava com meu esposo, ele me ameaça de estupro e de morte”, disse a jovem.

Desde então, Esther passou a sair de casa com menos frequência e até deixou o trabalho. Segundo ela, Ubiratahn utiliza também as redes sociais para cometer os crimes.

Em uma das agressões, a mãe dela, Elessandra Vasconcelos, viu o homem cercando a jovem na rua e se aproximou para defendê-la. Na confusão, a mulher teve ferimentos na boca e cotovelo.

Em 4 de abril, a Justiça concedeu uma medida protetiva para vítima e a mãe dela. O pedido foi feito pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) do município e deferido pelo juiz Murilo Staut.