O presidente do Partido dos Trabalhadores da Bahia (PT-Ba), Éden Valadares, atribui o atraso da vacinação no Brasil, que imunizou apenas 12% da população com a segunda dose, às denúncias de corrupção no Governo Federal envolvendo a compra de imunizantes, como a Covaxin e agora a AstraZeneca. “Não tem vacina porque governo Bolsonaro preferiu propina” afirmou o presidente do Partido.
Éden criticou a busca desenfreada do Governo Federal pelo lucro em detrimento da vida dos brasileiros após mais uma grave denúncia de corrupção feita nesta terça-feira, 29, pelo representante da empresa Davati Medical Supply, que revelou cobrança de propina na aquisição da AstraZeneca. “A sociedade assiste estarrecida a mais uma grave denúncia de corrupção no governo federal. Em meio a uma pandemia, Bolsonaro abriu mão da vacina para lucrar, para ganhar dinheiro com a vida dos brasileiros. É repugnante, desumano”.
Além das vidas perdidas para uma doença para a qual já existe vacina e a exposição de mais pessoas ao contágio pelo atraso da imunização contra a Covid no país, o presidente destacou outras consequências da demora na imunização. “Sabe por que seu comércio fechou? Por que você perdeu o emprego? Sabe por que seu filho não está na escola? Não tinha vacina. Por que seus familiares morreram? Não tinha vacina”, destacou Valadares.
A mais nova denúncia de corrupção foi feita ontem ao jornal Folha de São Paulo pelo representante da empresa Davati Medical Supply, Luiz Paulo Dominguetti Pereira, que revelou que o diretor de logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, cobrou propina de US$1,00 por dose da vacina AstraZeneca. Dias foi indicado para o cargo no MS pelo líder do governo na Câmara, Ricardo Barros, mesmo deputado envolvido no esquema de compra superfaturada da Covaxin.