Após tantas greves, paralisações, protestos e manifestações ao longo dos últimos meses, a APLB se tornou uma entidade enfraquecida aos olhos da comunidade itabelense. A busca incessante e inescrupulosa pelo precatório do Fundef, fez com que o sindicato perdesse o prestígio conquistado frente à sociedade.
Até a tentativa de acordo feita em audiência com o prefeito Luciano Francisqueto e o juiz Roberto Freitas, no dia 18 de julho, para não deflagrar mais greves desde que não houvesse movimentação dos 60%, não foi aceita pela APLB Sindicato. Após a data da assembleia, a categoria já deflagrou duas paralisações, cada uma de 24 horas.
E essas paralisações têm motivos incoerentes, pois a categoria reivindica reajuste salarial, enquadramento, transporte escolar, dentre outros aspectos, mas na verdade o que move a APLB de Itabela é o precatório do Fundef. Prova disso, foi quando uma reunião entre Prefeitura e APLB, em junho deste ano, definiu que uma audiência seria marcada com o juiz para discutir o precatório, mas como o prefeito não pôde comparecer por compromissos emergenciais, a categoria deflagrou uma greve, mesmo tendo todas as outas reivindicações atendidas pela gestão.
Com tantos furacões envolvendo esse assunto, a educação da rede municipal está em declínio em razão das paralisações lideradas pela APLB, pois os mais lesados são os estudantes itabelenses, que estão com o ano letivo comprometido, o aprendizado prejudicado e desestimulados com os estudos devido as frequentes paralisações. O gestor municipal e secretária têm recebido centenas de reclamações de pais que não concordam com as paralisações realizadas pela APLB.
Mas a APLB Sindicato tentam minimizar esse impacto negativo nos estudantes com reposição de aulas nos sábados e feriados, sendo que a categoria juntamente com o Conselho Municipal de Educação decidiram montar um calendário no início do ano sem aulas aos sábados, pois eles próprios consideraram o rendimento dos estudantes insuficiente nos finais de semana.
Sendo assim, a comunidade espera que essa situação envolvendo a educação itabelense retorne aos trilhos o mais rápido possível e, para que isso aconteça, é necessária a reavaliação das ações por parte da APLB, já que a gestão e os representantes da Justiça já informaram por diversas vezes que não há determinação legal dos órgãos superiores para o pagamento dos 60% do precatório do Fundef.