Mulher, que é mãe da criança, e o marido dela passaram por audiência de custódia, na cidade de Porto Seguro. Protocolo médico foi aberto para averiguar se menino ainda está vivo.
O casal suspeito de espancar um garoto de 3 anos, na cidade de Porto Seguro, no sul da Bahia, teve prisão preventiva decretada pela Justiça nesta terça-feira (31), segundo informações da Polícia Civil.
O crime ocorreu no domingo (29). Os suspeitos, identificados como Jamile Jesus dos Santos e Anderson Avelino dos Santos, são mãe e padrasto da criança.
Segundo o delegado Marcelo Paiva, que investiga o caso, há suspeita de que o menino tenha tido morte cerebral por conta das agressões. Um protocolo médico foi aberto na segunda-feira (30) para averiguar o caso.
O menino está internado no Hospital Luís Eduardo Magalhães, em Porto Seguro. Testes devem ser realizados para atestar a morte dele. O resultado dos exames deve ficar pronto em 48h após o início dos procedimentos.
Os suspeitos, que já tinham sido presos em flagrante, após o crime, tiveram a prisão convertida em preventiva. A decisão da Justiça foi deferida durante audiência de custódia.
O casal está na carceragem da 1ª Delegacia Territorial (DT) de Porto Seguro. Conforme o delegado Marcelo Paiva, a mulher e o homem estão em celas separadas dos demais detentos, cada um em uma ala diferente.
Ainda não há informações sobre o que teria provocado as agressões. Os dois devem ser ouvidos pelo delegado na quarta-feira (1º). O caso está sob investigação.
Caso
O garoto foi espancado no bairro Mercado do Povo, onde morava com a mãe e o padrasto. Após a agressão, ele foi levado para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) pelo casal, que foi preso logo em seguida.
De acordo com a polícia, a médica que atendeu a criança na UPA disse que o garoto chegou à unidade com marcas de espancamento, queimaduras nas mãos e múltiplas escoriações no corpo. No local, o menino foi diagnosticado com traumatismo craniano. Em seguida, ele foi levado para o hospital.
Em depoimento inicial, segundo a polícia, o casal entrou em contradição, mas acabou confessando as agressões. Conforme a polícia, os suspeitos teriam alegado que a surra seria para educar o menino.
Fonte: G1