A falta de um tipo de catéter na rede pública de Saúde do Distrito Federal está colocando em risco a vida de bebês que nasceram com baixo peso. A informação está descrita em um memorando assinado por servidores do Hospital Regional de Santa Maria. A reportagem teve acesso ao documento nesta quinta-feira (21).
O texto, datado do último dia 7, foi assinado pelo chefe do Núcleo de Farmácia Hospitalar da unidade. No documento ele diz que a falta do insumo “incorre no risco de morte [sic] dos pacientes envolvidos”, principalmente os bebês que estão internados na UTI neonatal.
“O produto é um insumo indispensável para os recém-nascidos, na grande maioria, de baixo peso que requerem esse dispositivo para assegurar seu crescimento e desenvolvimento.”
Além disso, um outro documento – do Núcleo da rede Frio da Secretaria de Saúde – diz também que há baixo estoque de seringas de 1 mililitro, usadas para aplicar doses de vacinas essenciais, como as que protegem contra a febre amarela e o sarampo. (entenda abaixo)
Em nota, a Secretaria de Saúde confirmou que toda a rede pública do DF está sem estoque de “catéteres centrais de inserção periférica”, como são chamados.
Os insumos são necessários para dar acesso a sondas que alimentam as crianças ou a tubos que levam medicamentos à veia, em caso de alguma patologia.
O prazo para finalizar os processos de compra – emergencial e regular – e garantir fornecimento por um ano, no entanto, não foi informado.
Faltam seringas
Além dos catéteres para uso em recém-nascidos, servidores da Saúde denunciam também o baixo estoque de seringas de 1ml, usadas para aplicação de vacinas contra febre amarela e tríplice viral.
Segundo o último balanço, feito há uma semana, havia apenas 500 unidades na rede pública. O consumo médio mensal é de 32 mil unidades.
“Caso a entrega não ocorra nos próximos dias, a aplicação das vacinas acima citadas ficará comprometida”, diz o texto.
Em um texto publicado no próprio site, o Sindicato dos Empregados em Estabelecimento de Serviços de Saúde (Sindsaúde) diz que vai entrar com uma representação no Ministério Público contra o que eles consideram uma “omissão cada vez mais recorrente na gestão da saúde do DF”.
Fonte: G1