Presidente cita ‘grande número de vítimas’
Emissora CubaTV fala em mais de cem mortos. Voo doméstico com 113 a bordo ia para Holguin.
Um Boeing 737 caiu logo após decolar do Aeroporto Internacional José Martí, em Havana, nesta sexta-feira (18). Bombeiros e resgatistas trabalham no local. A emissora estatal CubaTV diz que há mais de cem mortos.
O presidente Miguel Díaz-Canel afirmou que havia 113 pessoas a bordo, entre passageiros e tripulação.
“Houve um acidente de aviação lamentável. De acordo com o pessoal da Cubana, há 104 passageiros e 9 tripulantes. As notícias não são muito promissoras, parece que há um grande número de vítimas”, disse Díaz-Canel após chegar ao local do acidente.
O jornal “Granma” afirma que há três sobreviventes em estado crítico já hospitalizados.
De acordo com o mesmo diário, o voo DMJ 0972, que ia para Holguín, no leste do país, era da companhia Cubana de Aviación, mas a aeronave era arrendada de outra empresa, a mexicana Global. Ela caiu entre a localidade de Boyeros e a cidade de Santiago de Las Vegas, em uma área rural localizada a cerca de 20 km ao sul da capital, Havana.
O governo mexicano divulgou dados sobre o avião e a tripulação. O avião era um Boeing B737-201 ADV, ano 1979, de matrícula XA-UHZ, da Aerolíneas Damojh (Global). O comandante era Jorge Luis Núñez Santos. Outros tripulantes eram Miguel Ángel Arreola Ramírez, María Daniela Ríos, Abigail Hernández García e Beatriz Limón.
A rede americana CNN noticia que uma enorme bola de fogo foi vista depois que o avião caiu. Relatos citados pela emissora também indicam que há uma espessa nuvem de fumaça visível ao redor do aeroporto, o principal do país.
A embaixada brasileira em Cuba informou que ainda não tem informações sobre se há brasileiros entre as vítimas.
A grande maioria das pessoas a bordo do avião era cubana. Segundo o “Granma”, com exceção da tripulação e de uns cinco estrangeiros, todos os demais ocupantes da aeronave eram cidadãos cubanos.
Os presidentes da Venezuela, Nicolás Maduro, do México, Enrique Peña Nieto, e da Nicarágua, Daniel Ortega, e o rei da Espanha, Felipe VI, enviaram mensagens oficiais ao presidente cubano expressando sua solidariedade e condolências pelo acidente.